Caminhoneiros autônomos de todo o País já podem recorrer ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para pedir empréstimos na linha BNDES Crédito Caminhoneiro, voltada par a financiar custos de manutenção, que foi anunciada em abril como parte do conjunto de medidas do governo federal para evitar paralisações semelhantes às ocorridas em maio do ano passado. A linha de crédito está disponível desde o último dia 27.

Os empréstimos da nova linha terão juros, em média, de 12% ao ano, conforme estimativa disponível no site do BNDES. Poderão recorrer ao crédito caminhoneiros autônomos e cooperativas de transporte.

Como já havia sido anunciado em abril, os empréstimos não poderão passar de R$ 30 mil por cliente – ou R$ 30 mil multiplicado pelo número de integrantes das cooperativas.

As operações da nova linha de crédito serão indiretas, ou seja, repassadas por bancos comerciais que operem com o BNDES – esses bancos ficam responsáveis pela aprovação do financiamento e pela exigência de garantias.A taxa de juro final é formada pelo “custo” financeiro – que pode ser a Taxa Fixa do BNDES (TFB), a Taxa de Longo Prazo (TLP) ou a taxa básica Selic (hoje em 6,5% ao ano) – mais uma taxa de administração do BNDES, de 1,45%, somada à taxa cobrada pelo agente repassador.

Na estimativa disponibilizada pelo próprio BNDES em seu site, o custo financeiro fica em 7,0% ao ano e a taxa média do agente é de 3,0% ao ano – daí a estimativa final de 11,86% ao ano.

Além do juro de cerca de 12% ao ano, os empréstimos terão prazo máximo de dois anos e seis meses, com carência de no mínimo três e, no máximo, seis meses.

Conforme circular divulgada pela Área de Operações e Canais Digitais do BNDES para os agentes repassadores, a BNDES Crédito Caminhoneiro terá vigência de um ano, até 26 de maio de 2020.

No mês passado, pouco antes do lançamento da linha de crédito, o presidente do BNDES, Joaquim Levy, afirmou que o orçamento inicial do programa seria de R$ 500 milhões, como anunciado em abril, mas poderia chegar a R$ 1 bilhão, se houver demanda para tanto.

Fonte: Caminhões & Carretas